quarta-feira, 4 de agosto de 2010

NO CARRO



Saímos da festa um tanto embalados, perfume exalando
dos corpos suados, o olhar incrimina
o mútuo desejo, que não se apazigua
com um simples beijo......
Seguimos direto
pro estacionamento,
com um fogo voraz,
a nos queimar por dentro,
as mãos se atrevem, buscando apalpar,
os pontos sensíveis que querem explorar......
Procuro no bolso
o chaveiro apressado, furor aumentando
pareço um tarado,
local meio ermo,
mas bem protegido,
parece um convite pra nossa libido,
que está explodindo tal qual um vulcão,
despertando a fúria de nosso tesão......
Já dentro do carro
retira a calcinha, me expondo a fenda,
dizendo-se minha, abrindo a blusa
como depravada,
me oferece os seios,
pois quer ser sugada, fazendo manobras
pra mais excitar, demonstra a ardência
a lhe apoderar, abrindo a braguilha,
liberta meu falo, e com os lábios carnudos
passa a devorá-lo......
Sento-me no banco
gemendo manhoso, ao me ver chupado,
quando então te viras, como num bailado,
subindo em meu colo
com teu rebolado,
encaixando a gruta
no mastro empinado......
Viro um potro domado
que se vê cavalgado, a urrar de prazer
com o orgasmo alcançado,
usufruído as delícias de um gozo arrancado,
que aceitou de tua boca
o convite safado, de excitarmos primeiro
em um gostoso sarro, para logo em seguida,
amar sem medida, aqui dentro do carro......



 
José Cardoso

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