Apetece-me trincar-te…
Sim, trincar-te, saborear-te, como quem saboreia e trinca suavemente a fruta madura cujo suco escorre da boca, descendo queixo e caindo nos meus seios…
E se o penso, melhor o faço…
São 7h da manhã e dormes profundamente, de corpo desnudo, apenas um lençol a cobrir-te o corpo… e a fonte do meu desejo.
Aproximo-me da tua cama e detenho-me indecisa, se me ajoelho junto à cama, se me deito junto a ti.
Decido-me por subir ao colchão que te alberga o sono e, entre as tuas pernas, uma esticada e outra encolhida de lado, ajoelho-me, puxando o lençol suavemente, de forma a descobrir a pele morena que o tecido esconde. Observo-te em todo o teu esplendor…
Chiiuu…
Não, não quero fazer barulho, não te quero acordar… ainda…
Dispo a minha camisa estilo baby doll, e roço meus seios de mamilos eriçados, pelas tuas pernas, joelhos, coxas, enquanto a mão se dirige para o teu sexo em repouso.
Toco-lhe com suavidade, enquanto a água me cresce na boca, de imaginar o teu sabor na minha língua. Agarro-o entre os meus dedos e baixo o meu rosto, aspirando o teu perfume, sentindo como me invade sentidos e me faz ficar ligeiramente húmida.
Mas não quero pensar em mim, neste instante. Em ti, apenas em ti.
Toco-te com os lábios, depositando um beijo leve na ponta do teu membro ainda meio adormecido. Ele parece sentir a carícia, e o efeito dos meus lábios que passeiam pela cabecinha, junto com o da minha mão que o agarra, fazem-no acordar de mansinho.
Sorrio.
Deixo que a minha língua resvale por entre os lábios para tocar o teu sexo, deslizando pela pele acetinada. Pela rachinha que clama pelo meu toque. Saboreio-te. E continuo a acariciar-te com os meus dedos, percorrendo a carne quente que se me oferece. A língua passeia pelo membro que, excitado se vai revelando, pulsando. A minha boca desce por ele, sentindo o latejar das veias, até à base, onde deposito um beijo. Torna a subir, até à glande onde deposito mais um beijo enquanto os meus dedos te desejam, excitando-te sem pudor.
Sinto os movimentos do teu corpo acordado. Paro e ergo os olhos, deparando-me com os teus que me olham em silêncio, turvos de desejo. Nada dizes, mas o teu olhar pede-me que continue. De olhar preso no teu, entreabro os lábios e rodeio o teu membro com a língua, sem deixar de te observar. Abocanho a tua carne, permitindo que o teu sexo perfumado invada a minha boca, abrigando-se no calor e humidade que rivalizam com a tua carne. Fechas os olhos e gemes.
Sinto-o latejar entre os meus lábios e entrego-me alucinadamente ao prazer. Ao teu de sentires as minhas carícias e ao meu de te sentir entre os meus lábios, sabendo o que sentes.
Entre os teus lábios saem apenas gemidos, palavras desconexas e suspiros. Sei que estás próximo do orgasmo. Nada te digo, apenas te olho e intensifico os meus movimentos, mais rápidos, a língua lançando-se na tua carne de forma feroz, absorvendo todo o teu sabor.
E quando te sinto a vir, espero pelo teu mel, qual taça de champagne, aguardando pelo néctar da vida. Toca a minha língua, derrama-se pela minha pele, pelos meus dedos. Beijo-te e continuo a acariciar-te.
A minha língua continua a deslizar pela tua pele, a carne ainda dura, quente, húmida e não paro enquanto ela não fica de novo luzidia e apenas húmida da minha saliva.
Ergo-me da cama, ofereço-te um sorriso, e tu olhas-me com uma pergunta estampada no teu rosto. Limito-me a sair para tomar um duche, vestir e ir trabalhar.
Tu… ficas…